quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Mojito time?

Quem passar à porta daquele bar latino, dificilmente ficará indiferente ao tipo moreno de um metro e oitenta e tal, longo cabelo aos caracóis, barba de vários dias e uma bússola tatuada no braço. Até porque o seu principal divertimento nas horas mortas é meter-se com todos os turistas que passam na rua.

 Aproxima-se com um sorriso amigável e pergunta, Mojito time? Se for um grupo de mulheres, não irá desistir facilmente, mesmo que o ignorem. Where are you from?, lança para o ar ao encaminhar-se para elas. Se forem russas ou nórdicas, a deixa seguinte é dita com reverência: ooohhh! Professional drinking people!, o que, inevitavelmente, provoca alguns risos. Habitualmente é nessa altura que elas param de caminhar e se estabelece uma conversa – e dali a dois minutos, vemo-lo a correr para dentro do bar com a mais “amigável” do grupo ao colo, precedido dos risos das restantes.

 Mi encantan las mujeres, costuma dizer com um ar muito sério, todas son dignas de atención. Diz também que las portuguesas son mucho graves, e acrescenta com um sorriso sacana, mas mucho belas.  E é vê-lo a sorver shots de tequila, a falar das suas viagens ou a agarrar uma mulher e conduzi-la entre salsas e rumbas.

 Há quem diga que faz colecção de lingerie roubada às amantes. Troféu das conquistas ou monumento aos seres que venera?                                                                                                                                                                   

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