quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Haxe? Coca?

 - negócio cigano em tempos de crise

 Sempre foi fácil encontrar fumos que fazem rir nas ruas do Bairro Alto. Até há cerca de dois/três anos atrás, ao percorrer a Rua da Atalaia dávamos de caras com os rapazes do bairro, com os bolsos cheios de haxixe para despachar. Hoje em dia esses negócios são feitos de outra forma, mas surgiu no bairro uma tribo de ciganos, que anda em pequenos grupos pela Rua do Norte, Travessa da Queimada e Rua Diário de Notícias, que se aproveita da fama do bairro para uma burla que rende alguns trocos.

 "Haxe? Coca?", perguntam aos estrangeiros que passam. É raro meterem-se com portugueses, não seria a primeira vez que um burlado se revolta contra eles. O esquema é simples: dão a cheirar haxixe de qualidade, mas aquilo que passam para as mãos dos clientes é caldo knorr ou pasta de louro.

 Já vi a PSP revistar estes tipos à frente da Tasca dos Canários, já soube de casos que foram parar à esquadra. Mas a polícia nada pode fazer, quando aquilo que se vende não é realmente droga.

 Em tempos de crise vale tudo e cada um safa-se como pode. Admiro-lhes a ousadia, que de vez em quando não se livram de um par de murros - e não pagam imposto sobre os lucros. Eles sim, dominam o significado de thinking outside the box.

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